sábado, 18 de agosto de 2012

Vidros e suas infinitas possibilidades

Opa, mais uma vez aqui pra fazer um post e garantir aquela notinha no final do semestre, né professora? ;D. Dessa vez o assunto é vidro: O que dá pra fazer com esse material além daquele copinho de água que nós usamos em casa? 

Bom, pra começar, nós sabemos que vidro é ótimo para vedação quando o assunto é janelas e outros vãos, certo? Afinal de contas, ele nos protege contra intempéries, nos traz conforto térmico, isolamento acústico, nos traz uma visão clara da área exterior, dentre outros vários motivos.

Sua utilizaçao não é tão atual quanto se parece, como prova disto, temos na história sua utilização de janelas pela primeira vez (aprox. 400 d.c.) e construção de monastérios em XIII (Cronologia do vidro).

Mas o uso do vidro hoje em dia é muito mais extenso do que isso, e a tecnologia já nem ajuda, né? Exemplo disso é o Vidro duplo com cristal líquido, que nada mais é que suas lâminas de vidro com um filme de cristais líquidos em um campo elétrico, e olha o efeito quando se ativa/desativa este campo elétrico:


Chama-se SGG PRIVA - LITE, quando este campo é ativado, os cristais líquidos se alinham, tornando o SGG PRIVA-LITE um vidro transparente. (Fonte)



Tirando o que pode ser feito em relação à estrutura, é difícil acreditar mas já tem arquitetos por aí que criam casas completamente em vidros, como esta:

Os arquitetos Carlo Santambrogio e Ennio Arosio criaram o conceito de uma habitação feita inteiramente em vidro.

Mais imagens

E o que falar das fachadas? O que mais me impressionou foi "a onda de vidro", eleito em 2009 o melhor projeto de shopping do mundo no Prêmio Internacional de Projeto e Desenvolvimento. (mais informações)





Como o nome do post fala, vidro tem infinitas possibilidades, e pra não deixar a desejar vou deixar um link que demonstra várias outras maneiras que o vidro hoje em dia é utilizado, como por exemplo uma cúpula em Reichstag, Alemanha, que tem 3mil m² de vidro laminado, e à noite a cúpula transforma-se em farol, sinalizando o vigor do processo democrático alemão (revista: O Vidroplano)

Espero que gostem do post, semana que vem tem mais! fazer o que né.

Links interessantes:

História do vidro na arquitetura - link 1
História do vidro na arquitetura - link 2
Trabalho acadêmico: Costrução em vidro estrutural

Obrigado e volte sempre! :D

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Trincas, um problema sério?

É muito comum virmos uma trinca em algum lugar, seja na parede de casa, do trabalho, na casa de um amigo, enfim... Quem nunca viu uma parede com rachaduras ou trincas que atire a primeira pedra.

Mas a final, isso é um problema sério? Existe diferença entre fissura, trinca e rachadura? Tem jeito de resolver? O objetivo do meu post dessa vez é esclarecer essa idéia, já que não queremos ver nossas paredes caindo por aí, né?

Primeiro vamos esclarecer uma coisa, existe sim diferença entre fissura, trinca e rachadura, essas diferenças são adotadas em medidas e até existem normas que dizem quais são os crtitérios adotados para se definir cada uma delas! (ver NBR 9575 - Impermeabilização: Seleção e Projeto e NBR 15.575 - Desempenho de Edifícios Habitacionais de até Cinco Pavimentos - Parte 2).

As fissuras (imagem 01) são caracterizadas por serem finas e alongadas, tem ordem de abertura inferior ou igual a 0,5mm, normalmente não afetam grandes profundidades e são superficiais, atingem apenas a pintura, a cerâmica ou a massa corrida.
As trincas (imagem 02) já devem ser observadas com mais cuidado, pois elas são mais profundas, o que afeta normalmente a parte estrutural do elemento (a alvenaria da parede, por exemplo) e são caracterizadas por ser visível a divisão de um elemento em duas partes, as aberturas das trincas têm entre 0,5mm e 1mm.
Já as rachaduras (imagem 03) são um grave problema, pois podem afetar a estrutura da casa, como os pilares, vigas e lajes e podem ocasionar o colapso total. São caracterizadas por permitirem a passagem de água, luz e vento e podem chegar a 1,5mm de espessura! (a partir disto torna-se uma fenda).

Imagem 01 - Fissura

Imagem 02 - Trinca


Imagem 03 - Rachadura/Fenda



Mas minha casa tem algumas fissuras, vai cair?!

Não (eu acho.), temos que levar em conta também que toda construção sofre recalques (homogêneos ou heterogêneos), e esses recalques podem causar fissuras em certos lugares, não vou entrar em detalhes sobre isso porque é um assunto beem longo (e também não é assunto de PC II, né Ericka? :x), não apenas recalque mas vários outros fatores podem levar ao aparecimento de fissuras (links na referência).

Bom, pra fechar o assunto, fissuras, como eu já disse, não é um assunto para preocupações imediatas (a não ser se for em um elemento estrutural, pilar viga ou laje!), e lembre-se: toda rachadura se inicia a partir de uma fissura! Então analise com cuidado se a fissura não está ficando cada vez maior com o passar do tempo, e, caso chegue no patamar de uma trinca, é aconselhável que se faça um laudo técnico com um profissional bem instruído no assunto para que não se chegue ao nível de uma fissura.

Espero que tenha esclarecido algumas dúvidas!

Obrigado por visitar meu blog e volte sempre! :D

Referências:

Mais sobre trincas e rachaduras aqui e aqui
Mais sobre fatores que resultam em fissuras, trincas ou rachaduras no site da Defesa Civil de Duque de Caxias

sábado, 11 de agosto de 2012

Fachadas Ventiladas!

Antes de tudo, boas vindas ao meu blog! Fiz pq é uma proposta da professora de Processos Construtivos II onde terei de postar duas vezes por semana uma matéria sobre Construção civil.

Mas, enfim, vamos ao que interessa :D

Pesquisando algum assunto pra postagem, eu encontrei uma coisa que me deixou bem curioso, um assunto diferente que não é aplicado aqui no Brasil (quem sabe futuramente?). São as chamadas fachadas ventiladas, sistema criado no emisfério norte a fim de aprimorar o conforto térmico dentro dos edifícios. Mas o que é a "fachada ventilada"?

É um sistema de fachada que fica "fora" do corpo de um edifício, criando um pequeno vão (entre 10 a 15 cm normalmente, podendo ser maior) entre a fachada e a estrutura do edifício, as fotos a seguir demonstram uma idéia de como o sistema funciona (mais imagens ao final do post):


 A princípio parece apenas um detalhe arquitetônico, diferente do que nós normalmente vemos, mas este tipo de fachada tem muitas utilidades além da estética. Estas fachadas promovem um conforto térmico maior nos eddifícios, pois o ar (ou a chuva, como outro exemplo) que incidiria diretamente na parede, é "bloqueado" por esta fachada e apenas uma parde dele incide diretamente, além do fato que o ar que se cria dentro deste espaço uma coluna de ventilação, que funcionaria como uma chaminé, onde o ar quente normalmente subiria e o ar mais frio, por ser mais denso, entraria pela parte inferior deste sistema.
Tudo isso implica não apenas em maior conforto térmico, mas também em um menor consumo de energia, uma maior dirabilidade (proteção da camada interna do edifício), diminuição de problemas relacionados à infiltrações, obras mais limpas (devido à forma de instalação do sistema), não necessitam de manutenções para restauração, as fissuras e descolamento de placas são reduzidos, é um sistema construtivo rápido, entre outros.

Na América do Sul recentemente foi contruído uma obra com fachadas ventiladas no chile e aqui no Brasil ainda não há normas que regularizem as instalações e os testes desta tecnologia.

O processo executivo se resume em criar uma estrutura metálica que comporte as placas e fixá-las sobre esta estrutura, deixarei alguns links de referência (onde eu também consultei) que ensina como é o método executivo e mais informações sobre o rumo desta tecnologia aqui no Brasil.

Obrigado por visitar e comente! :D

Referências:

Artigo revista Téchne

Dossier Técnico-Econômico (apostila sobre)

Imagens